quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Sonhos


Gostaria de narrar uma série de sonhos que vem me perseguindo, na verdade não sei mais se eles se tratam de simples sonhos, acredito que a alma sai do corpo assim que dormimos, a alma sai em busca de liberdade e nem sempre se dá tão bem, às vezes trabalhamos mais fora do nosso corpo do que enquanto o habitamos.
Uma noite dessas, fui a um lugar muito escuro e muito conhecido por mim, era o local em que eu trabalhava, porém deserto sem nenhuma alma viva no sentido literal da palavra!
Enquanto eu andava ou flutuava não conseguia ouvir nenhum ruído sequer, tudo era silencio e escuridão. Chegando a um determinado lugar onde coisas sem forma, mais pareciam pessoas estavam sobrepostas umas sobre as costas das outras, isso fazia com que elas perdessem suas formas e suas mãos as atrapalhassem, eram mãos desconexas cada uma querendo ir para um lado e tentando abrir portas ou andar sem êxito.
Tive medo, mas sabia que aquela coisa não estava me vendo sabia que eles todos estavam preocupados apenas em se atrapalhar na verdade, estavam ocupados demais fazendo isso e nem sequer conseguiam ver que mais alguém estava ali, estavam ocupados demais se atrapalhando. Foi então que uma pessoa surgiu parecia um segurança e me disse que deveria sair dali, mas não poderia ir pela rua porque era perigoso, me sugeriu uma passagem por baixo daquele prédio que daria no caminho para minha casa, quando olhei para o caminho era mais escuro ainda e uma pequena passagem através da parede, quando me inclinei para entrar me deparei com centenas de mãos sujas que apenas queriam me puxar para dentro daquele buraco, consegui me esquivar e sai dali, resolvendo assim ir pelo caminho mais longo mais porém parecia mais seguro. Enquanto andava sem saber direito onde estava indo, o caminho era o mesmo que fazia todos os dias para ir para o metro mais próximo, mas agora tudo era diferente, apenas seguia meu instinto, me levando adiante, mas passava por lugares horríveis, animais mortos empilhados, pessoas com feridas e jogadas ao chão, a maioria nem me via parecia que eu era invisível.
Cheguei a porta do que eu em consciência entendi que era o metro, porém agora se tratava de um hospital horrível, com uma porta e uma pessoa que se parecia com um segurança na porta essa pessoa me disse que dali ninguém poderia sair, as pessoas se amontoavam na porta mas não saiam como se tivesse um portão, mas na verdade não havia nada, na porta havia um cheiro fedido de carne podre e sujeira, parecia que todos ali estavam podres de verdade, alguns não tinham forma, alguns me viam e tentavam se segurar em mim mas não conseguiam porque a mão deles passava por mim, outros não me olhavam, algumas pessoas estavam naquela rua e vestidas de forma diferente, estas pessoas entraram e a luz deles machucava os demais, estava assustada sem saber se eu entrava ou ficava ali quando uma mulher apareceu e me disse que eu deveria sair dali que aquele lugar não era meu e que eu deveria segui-la.
Ela andava muito rápido e eu tentava seguir seus passos, ela passava por dentro de paredes e casas e eu também, algumas casas tinham pessoas pelo chão, mas ela me dizia para não olhar, chegamos a um prédio parecido com um cortiço, cheio de crianças tinham crianças penduradas nas paredes, nas janelas, crianças sem forma, crianças no chão, crianças que se arrastavam, a mulher que estava comigo disse que eu deveria passar por ali e iria chegar em casa, mas uma criança me viu e me olhou nos olhos eu resolvi parar e puxar pela mão limpei seu rosto e imediatamente ela se levantou e estava limpa, tinha um rosto novamente, essa criança deu a mão para outra criança que deu a mão para outra criança e elas foram se levantando e me assustei porque eram muitas, nesse momento a senhora que me levou até ali me disse que eu não poderia ajudar e que deveria sair, as portas começaram a se fechar as crianças a gritar e chorar e eu pedia para que elas não chorassem o lugar delas não era ali elas podiam sair independente das portas, essa pessoa toda de preto vinha fechando as portas e jogando as crianças no chão e imediatamente elas voltavam a aquela forma se arrastando no chão, essa coisa preta me empurrou com muita força e eu fui arrancada daquele lugar.
Tenho voltado todos os dias tentando ajudar essas crianças, passei por hospitais onde as pessoas estavam muito doentes e tentavam se segurar a mim com a boca ou com as mãos alguns ate tentam colocar seus pés em volta de mim mas não conseguem me segurar mas sempre que eu encontro alguma dessas crianças elas fogem ou somem como um raio e algo me puxa de volta.
 Sempre que tento narrar esta experiência fico sem ar e meu coração bate muito forte.

5 comentários:

  1. Vc está sonhando com um lugar muito conhecido no plano espiritual é o umbral....boa sorte....reze muito

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  2. um verdadeiro pesadelo ... ainda bem que vc voltou de lá

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  3. obrigado pelos comentários anônimos,fico muito feliz...e se alguém ainda não sabe,sim,essa historia é real..

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  4. Gosto muita das historias escritas por vcs, assim percebo que não sou só eu que passo por estes momentos.

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    1. Muito obrigado anônimo, é por isso que eu gosto de escrever historias de terror,por pessoas assim que se identificam e que gostam das nossas creepys, se vc tiver algum momento para relatar e que gostaria de ter como creepy postado aqui no blog, me mande a sua historia no e-mail: gruta.do.horror@hotmail.com, obrigado

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