domingo, 1 de setembro de 2013

O Cemitério (Historia dos Fãs)

Era uma noite de inverno, já tinha parado de nevar, e estava quase na hora de ir trabalhar. Eu era vigia de um cemitério local, passava as noites caminhando entre os túmulos, verificando se nenhuma cova havia sido descoberta. Costumava sentar na entrada, e ver a neve cair, as pessoas passarem tão desesperadamente, tentando evitar contato comigo, talvez eu as assuste... Bom, eu não as culpo por isso, mas confesso que me sinto um tanto incomodado, se ao menos elas soubessem como eu realmente sou talvez não agissem assim... Mas, assim é mais fácil saber quem será o próximo...
* * *
Era um dia de inverno comum, estava a caminho de minha casa, eu andava sempre distraída, nunca prestava a atenção nos acontecimentos a minha volta, mas procurava agir com cautela quando passasse pelo cemitério. Apesar de entrar lá todos os dias para ver o túmulo de meu pai, eu sentia um arrepio sempre que passava pelo vigia, seu jeito, de alguma forma, me amedrontava, evitava todo o tipo de contato com ele sempre que possível.
O cemitério ficava dois quarteirões de minha casa, estava praticamente na entrada, torcendo pelo vigia não estar por lá. Infelizmente, para a minha decepção, ele estava lá, sentado em uma das lápides, usando seus óculos escuros, como o de costume, o que era algo um tanto quanto estranho, já que estávamos em julho, e afinal, era noite. Passei rapidamente por ele, ignorando seu comprimento e prossegui para o túmulo de meu pai. O túmulo ficava na 11ª fileira, lápide número cinco, ajoelhei-me aos pés da cova e rezei pela alma de meu pai.
Já havia se passado algum tempo, então decidi ir embora. Antes que eu pudesse me mover, algo tocou o meu ombro, senti um arrepio tomar conta do meu corpo, me virei pra trás pra ver quem era, e me arrependo profundamente disso. O que eu vi, foi o vigia, sem seu habitual óculos escuros, confesso que preferia ele antes. Antes que pudesse gritar, antes que eu pudesse fazer qualquer som ou movimento, ele tapou a minha boca, e me imobilizou no chão, com uma faca apontada para o meu pescoço:
-Hum, agora parece que você tem motivos para me temer, não é? Ora, vamos não se preocupe isso será rápido, porem doloroso...
Senti sua faca perfurar meu estomago, tudo que consegui fazer foi apenas gemer de dor, lagrimas escorriam de meus olhos, ele pressionava a faca causando cada vez mais dor, podia sentir o metal dentro de mim, e então tudo começou a ficar escuro, apesar da dor, eu estava praticamente dormindo, e então, eu o ouvi dizer:
-Bem, não acho que você precisara dos seus olhos novamente... São olhos tão bonitos, eles ficaram bem em minha coleção, não se preocupe.
Sua risada sádica foi a ultima coisa que eu ouvi.
* * *

“Hoje pela manhã o corpo de uma jovem estudante foi encontrado no cemitério da Rua Neville Longbottom, a vítima estava com uma abertura na barriga, e sem os olhos, foi encontrado um bilhete no local. Ainda não foi decifrado o que estava escrito. Acredita-se que essa tenha sido mais uma vítima do famoso serial killer Black Eyes, com essa, são mais de 23 mortes. A policia continua investigando o caso.”
Escrita por: Julia Ramisch 

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