sexta-feira, 10 de maio de 2013

James, o retorno (FINAL)


Larry fica em silencio por alguns segundos mas logo responde James:
-Sim James, acredito que você já saiba que a minha idéia de justiça é a mesma que a sua. De certo modo eu apoiava o que você fazia. Eu nunca achei que prender criminosos adiantasse alguma coisa, porém, eu não podia sair por ai matando qualquer um e por isso eu me senti realizado quando vi que alguém estava fazendo isso.
James abre um sorriso em sua cara, como se já soubesse que essa seria a resposta. Ele se senta em uma cadeira e pede para que o detetive se sente também. Larry então se senta, e pergunta a James:
-Bem James você já deve saber que vim aqui para esclarecer algumas duvidas. Eu não sei muito sobre a sua infância, então gostaria de saber um pouco mais sobre ela.
-Sim detetive, como quiser. Eu vivia em um orfanato horrível, onde eu era maltratado, torturado, espancado, passava fome, sede, lá era horrível. Se você levantasse de madrugada, fosse ao banheiro e visse o cadáver de uma criança na privada, seria muito normal. Eu não me lembro de nada de antes de eu ir para aquele orfanato, mas diziam que minha mãe, na verdade me levou para aquele orfanato, pois ela e meu pai não teriam condições de me criar. Quando eu sai daquele orfanato foi um dia muito feliz, eu estaria indo para uma boa casa, onde eu seria bem tratado, para mim isso era perfeito. A única coisa que eu senti falta naquela casa foi um pai, minha mãe adotiva dizia que seu marido tinha abandonado ela, mas só depois eu descobri a verdade...
-Sim James a partir daí eu já sei, disseram que você matou sua mãe certo? Mas como assim a verdade? O marido dela não tinha abandonado ela?
-Na verdade não, minha mãe também era uma criminosa, ela matou o marido dela, mas digamos que ela sabia como fazer para que a morte parecesse um suicídio, então foi dito que ele se matou. Eu me arrependo demais por ter matado minha mãe, mesmo ela sendo uma criminosa, ela só tinha matado o marido dela, e foi porque ele a traiu, ela não merecia morrer.
-Você quando era criança já sabia que ela era uma criminosa? Foi esse o motivo de você ter matado ela?
-Na verdade não, eu a matei pois ela tinha descoberto que eu matava pessoas. Eu descobri que ela era uma criminosa quando eu a encontrei aqui.
-OQUE? SUA MÃE ESTÁ AQUI?
-Na verdade não detetive, como eu já te disse, as pessoas que se arrependem merecem uma segunda chance, e minha mãe merecia mais do que qualquer um.Eu não conheço a mãe que me colocou no mundo, então apenas considero a mãe que me criou, é a ela que me refiro quando digo "mãe".
Larry então se levanta da cadeira, olha ao seu redor, olha para James, e de repente todo aquele lugar fica em silencio. E James volta a falar com o detetive.
-E agora detetive, como você fará para me parar, como você fará para me prender?
-Eu não irei te prender e nem te parar James. Como eu já te disse, eu te apoio, eu vou fazer o possível para impedir que divulguem que você estaria matando as pessoas. Apenas prossiga com isso que você está fazendo, continue a purificar o mundo, você tem meu apoio, James.
James e Larry apertam as mãos, e o detetive Larry acorda na casa de James. O detetive volta para sua casa, e avisa que não achou nenhum indicio de que realmente “o espírito de James” estaria por ai assombrando os criminosos. E Larry continuou com a sua vida de detetive, apenas cobrindo os casos de James, ajudando-o para que ninguém descobrisse nada.
Então James continua a torturar os criminosos que estão naquele inferno que ele fica, e também continua purificando o mundo em que vivemos. Alguns dizem que ele jamais irá mudar o mundo, pois ele é igual as pessoas que ele mata, outros dizem que ele pode mudar o mundo, e também mudar a si mesmo. Uma única coisa é certa, se você cometer algum crime, pode ter certeza que James não irá te perdoar, ele irá te deixar “muito mais bonito”.

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